Tuesday, November 22, 2005

O Rodrigo

Já há alguns anos que vejo o Cosmos e, tenho que reconhecer, que são poucos os jogadores que poderiam ter feito uma carreira como jogadores profissionais de futebol. Desses poucos queria falar de um que, não tenho dúvida nenhuma, teria sido um grande jogador de futebol: Rodrigo Castro Pereira.
O Rodrigo tinha tudo, um toque de bola fantástico, conseguia num palmo de terreno inventar espaço, jogava de cabeça levantada, era rápido, defendia muito bem, tinha um jogo de cabeça notável, cumpria tacticamente tudo o que lhe era dito (apesar de ao principio não saber o que era marcar o segundo e de se recusar a fazer a jogada do pontapé de saída...).
Parecia que pairava por o campo todo como se fosse omnipresente, não por andar desesperado atás da bola (à Zé Agapito) mas porque a sua presença era sempre marcante: o corte decisivo a meio campo, o golo de cabeça ao segundo poste, o passe a rasgar que ninguém sabia de onde vinha e tudo isto era feito com elegância e discrição. Nunca o vi ser incorrecto com adversários ou colegas, o unico amarelo que levou foi por se dirigir a um árbitro e lhe dizer: " Desculpe, o senhor faria a gentileza de me informar a razão da marcação desta infracção ? ", isto dito em voz baixa e correcta...
Mas o que fazia dele enorme era a caracteristica que faz de um bom jogador um grande jogador: ele sabia que só uma coisa é importante em campo: a equipa, nada mais que a equipa.
O Rodrigo não quis ser jogador de futebol, quem se lixou foi o futebol...

Fato

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